DE ONDE VÊM OS BEBÊS?



A família está reunida na sala e quando os pais menos esperam a criança aparece com a temida pergunta:
“De onde vêm os bebês?”
Se você é daqueles que não se sente preparado para lidar com a curiosidade dos filhos, respire fundo e tente manter a calma. Especialistas recomendam que numa hora dessas, o melhor é agir com naturalidade.
Se você não falar sobre o assunto, os coleguinhas de escola vão comentar, à moda deles.
Segundo a psicóloga clínica Maisa Costa, especialista em atendimento a crianças e adolescentes, diante de um questionamento sobre sexo, um bom começo é respeitar e ser sensível à idade e às informações que os filhos já têm. Por isso, procure responder somente à pergunta feita.

“A criança não precisa de uma
aula sobre o tema. Além de não ter
sua dúvida esclarecida, isso pode
ser a contribuição para aumentá-la
e causar uma tremenda confusão.”

Uma alternativa, segundo a psicóloga, é “devolver” a pergunta para a criança. Dependendo da idade, a noção que ela já tem é uma resposta suficiente, que necessita apenas de um esclarecimento ou confirmação dos pais.
Com uma filha de 5 anos, Emanuelly, a professora Fernanda Cristiane da Silva, 25, já foi pega desprevenida algumas vezes com os questionamentos da filha.
“A curiosidade maior é a diferença entre os sexos e de onde vêm os bebês”, conta a professora.Ela adiou a explicação algumas vezes mas, diante da insistência da filha para a pergunta sobre bebês,
recorreu à história da sementinha.
“Essa pergunta é frequente, porque ela vai à escola e vê várias mães de amiguinhos grávidas.”
Com o acesso facilitado aos meios de comunicação e internet é praticamente inútil recorrer às historinhas, como da cegonha ou sementinha. “As crianças de hoje recebem informações de várias fontes. Com isso, estão muito mais espertas. Argumentos como esse podem possibilitar aos pequenos criar certa desconfiança nas respostas obtidas com seus pais futuramente.”

A psicóloga aconselha que ao ser pegos de surpresa, a mãe ou o pai precisam ser honestos. “Procure agir com tranquilidade, não zombe e nem censure ou critique seu filho. Podem dizer que, por enquanto, não têm a resposta que ele está procurando, mas que vão pesquisar e assim que souberem voltarão a falar.”

O objetivo nesse caso é fazer com que a criança entenda que seus pais não dominam todos os assuntos, mas estão dispostos a auxiliá-la em suas questões.
Assunto é delicado para os adulto

O pediatra Marcelo Reibscheid, do portal Pediatria em Foco, considera que muitas vezes o sexo é um assunto muito mais delicado para os adultos do que para as crianças.
Ele aconselha que quando o filho fizer a mesma pergunta várias vezes, os pais não devem demonstrar irritação e, sim, repetir a explicação quantas vezes for necessário. “Se a criança pergunta
duas vezes a mesma coisa é porque ainda está com dúvidas.”

Ele considera importante entender o que seu filho sabe sobre sexo para que as informações sejam passadas de maneira clara e de acordo com os valores da família.

“Pergunte o que ele sabe sobre o assunto, onde aprendeu. Agir de forma natural ajuda a criar uma relação de confiança e garante segurança para o filho.” (GDL)

‘Como os bebês nascem?

Graziela Pirozzi, 35anos, mãe de Nicole, 4, sente-se preparada para conversar com a filha sobre sexo. A primeira pergunta já veio, sobre como a menina foi parar na barriga da mãe. Graziela fez o mesmo que a professora Fernanda e contou a história da sementinha. “Achei mais fácil ir por esse caminho. Vou me aprofundar conforme a idade dela”, fala Graziela.

Por volta dos 4 ou 5 anos a criança começa a ficar curiosa a respeito das características anatômicas, diferenças e semelhanças do corpo dos meninos e meninas. “Como já conhece seu corpinho o suficiente agora, possivelmente passará a observar o dos outros. Poderá fazer isso com as pessoas de casa, amiguinhos e coleguinhas da escola”,diz Maisa.

Segundo a psicóloga Maisa Costa, nessa etapa, como já ingressaram no ambiente da educação formal, os pais devem explicar às crianças que os órgãos genitais possuem nomes corretos, do mesmo modo que todos os outros órgãose partes do corpo.

“Exemplifique e conte alguns apelidos, mas não perca a oportunidade de salientar que alguns são muito feios e causam constrangimento. Essa conduta também pode ser uma forma de proteger e orientar a criança.” (GDL)


Não puxe o assunto - O primeiro passo é saber que essa conversa não deve ser proativa durante a infância. Responda apenas o que for questionado, na medida em que a curiosidade aparece e de uma forma satisfatória para o seu filho.

Investigue - É importante entender o que a criança sabe sobre sexo para que as informações sejam passadas de maneira clara e de acordo com os valores da família. Pergunte o que ela sabe sobre o assunto, onde aprendeu. Agir de forma natural ajuda a criar uma relação de confiança e garante segurança para o filho.

Camisinha, DST e gravidez - Se o seu filho perguntar sobre o uso de preservativos, explique que ele protege contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. É importante que a criança saiba que a gravidez surge de uma relação íntima sem proteção e que pode ser evitada. Mas nem pense em aproveitar o momento para sermão, isso pode confundi-lo. 

Mantenha a calma - Muitas vezes esse é um assunto muito mais delicado para os adultos do que para as crianças. Se o seu filho fizer a mesma pergunta várias vezes, não demonstre irritação. Repita a explicação quantas vezes for necessário. Se a criança pergunta duas vezes a mesma coisa é porque ainda está com dúvidas.

Seja sincero - Não é porque a criança falou sobre sexo que está pensando em praticá-lo. Não há motivos para se preocupar. A infância é uma fase de descobertas. Contos da carochinha como cegonhas e sementinhas não preparam o seu filho para a vida. A verdade é sempre o melhor caminho.

Como agir em relação a “como os bebês vão parar na barriga das mamães” - Trate a questão como parte da natureza. Uma proposta que facilita a introdução do assunto é explicar a necessidade que temos de formar pares. As crianças gostam do lúdico, então, lance mão desse recurso. Esclareça que, assim como os bichinhos macho e fêmea precisam se juntar para ter seus filhotinhos, a chuva e a terra se unem para fazer brotar as plantas da semente enterrada, também é preciso que o homem e a mulher se juntem para que os
bebês possam existir. Os filhos são muito curiosos com as histórias sobre os preparativos de sua chegada ao mundo, dos cuidados que receberam dos pais e avós, das primeiras visitas, etc. Com o tempo perceberão que determinados cuidados também são observados na natureza entre os mamíferos de outras espécies (parto, amamentação, higiene, proteção)








Fonte: diarioweb.com.br





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