BOCA SAUDÁVEL
Toxina botulínica começa a despontar como alternativa para a odontologia brasileira e já está disponível em Rio Preto
Desde 1970, a toxina botulínica ,mais conhecida por botox (um de seus nomes comerciais), é usada para fins terapêuticos. Porém, o que pouca gente sabe é que a substância tem sido aliada em tratamentos odontológicos com sucesso.
A intervenção é indicada para problemas relacionados à musculatura orofacial, como disfunções e dores na articulação têmporo-mandibular, apertamento dental, bruxismo (ranger de dentes), dores de cabeça de origem dentária (parafunção) e sorriso gengival (exposição excessiva da gengiva). Entre as principais causas desses males estão próteses mal adaptadas,desarmonia muscular e questões psicossomáticas.
“Nosso objetivo é restabelecer a função, evitando o sofrimento do paciente e reduzindo as possibilidades de traumas. Muitas pessoas poderiam usar uma placa miorrelaxante à noite, por exemplo, mas não conseguem se adaptar”, explica o cirurgiãodentista Derly Tescaro, mestre em ortodontia pela Unesp de Araçatuba e doutorando em ciências da saúde pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp).
Existem mais de 20 músculos responsáveis pela saúde bucal, entre os quais o masseter - onde geralmente
são aplicadas as injeções com a substância.
A toxina botulínica atua no músculo como uma espécie de fita isolante, capaz de inibir estímulos nervosos, relaxando a área e fazendo com que as dores sejam reduzidas drasticamente ou até mesmo eliminadas.
“ É um procedimento muito seguro. O botox atenua a força excessiva do músculo, mas não modifica a ação mastigatória”, garante Tescaro.
A recomendação desse tipo de procedimento, assim como os riscos e os benefícios para o paciente são de responsabilidade dos próprios profissionais. Uma das preocupações é de que o material utilizado seja reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o respaldo de uma indústria
idônea.
Cada sessão custa em torno de R$ 1 mil e ainda não há cobertura de convênios. Por isso, a maioria dos adeptos ainda é de classe média alta.
“Nosso objetivo é restabelecer a função, evitando o sofrimento do paciente e reduzindo as possibilidades de traumas. Muitas pessoas poderiam usar uma placa miorrelaxante à noite, por exemplo, mas não conseguem se adaptar”, explica o cirurgiãodentista Derly Tescaro, mestre em ortodontia pela Unesp de Araçatuba e doutorando em ciências da saúde pela Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp).
Existem mais de 20 músculos responsáveis pela saúde bucal, entre os quais o masseter - onde geralmente
são aplicadas as injeções com a substância.
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“ É um procedimento muito seguro. O botox atenua a força excessiva do músculo, mas não modifica a ação mastigatória”, garante Tescaro.
A recomendação desse tipo de procedimento, assim como os riscos e os benefícios para o paciente são de responsabilidade dos próprios profissionais. Uma das preocupações é de que o material utilizado seja reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o respaldo de uma indústria
idônea.
Cada sessão custa em torno de R$ 1 mil e ainda não há cobertura de convênios. Por isso, a maioria dos adeptos ainda é de classe média alta.
■ O paciente passa por uma avaliação clínica no consultório, a fim de que o profissional obtenha informações sobre a origem do problema
■ É solicitada uma radiografia panorâmica, para que seja possível identificar as condições anatômicas e, então, indicar o tratamento ou não
■ Depois da assepsia do rosto, o dentista usa uma anestesia tópica e faz aplicações da toxina botulínica diluída, com o auxílio de uma agulha bem fina
■ Cada músculo tolera uma quantidade específica de produto. Por isso, o profissional avalia a gravidade do problema e as características de cada indivíduo, seguindo um protocolo
■ Depois das aplicações, é importante fazer repouso conforme as orientações e pelo período correto. Caso
contrário, a substância pode atingir outros músculos, prejudicando o resultado final
■ Em casos raros, podem aparecer reações alérgicas e inflamatórias. Se isso ocorrer, é importante procurar o dentista imediatamente
■ Os primeiros efeitos podem ser percebidos a partir do terceiro dia. Entre o 10º dia e o terceiro mês, o tratamento atinge 100% de eficácia. Depois, percebe-se uma diminuição gradual dos benefícios
■ Orienta-se que a sessão seja repetida a cada seis meses, durante três anos. Se for feito um trabalho
multidisciplinar, com psicólogo, fonoaudiólogo e otorrinolaringologista, o problema tende a desaparecer
■ Cada músculo tolera uma quantidade específica de produto. Por isso, o profissional avalia a gravidade do problema e as características de cada indivíduo, seguindo um protocolo
■ Depois das aplicações, é importante fazer repouso conforme as orientações e pelo período correto. Caso
contrário, a substância pode atingir outros músculos, prejudicando o resultado final
■ Em casos raros, podem aparecer reações alérgicas e inflamatórias. Se isso ocorrer, é importante procurar o dentista imediatamente
■ Os primeiros efeitos podem ser percebidos a partir do terceiro dia. Entre o 10º dia e o terceiro mês, o tratamento atinge 100% de eficácia. Depois, percebe-se uma diminuição gradual dos benefícios
■ Orienta-se que a sessão seja repetida a cada seis meses, durante três anos. Se for feito um trabalho
multidisciplinar, com psicólogo, fonoaudiólogo e otorrinolaringologista, o problema tende a desaparecer
Brasil normatizou técnica em 2011
A técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos há cerca de dez anos, mas só foi normatizada no Brasil pela resolução 112/2011, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), há oito meses. É válido destacar que os
profissionais não podem realizar procedimentos com objetivos exclusivamente estéticos.
“A normatização não veio liberar ou vedar o uso da toxina botulínica em odontologia. Apenas referendou o pensamento de que os procedimentos devem ser realizados dentro da área de atuação do cirurgião-dentista, evitando prejuízos para a sociedade”, explica Mário Tavares Moreira Júnior, conselheiro federal efetivo e membro titular da Comissão de Ensino do CFO.
Segundo ele, todo cirurgião-dentista legalmente habilitado, de acordo com a lei 5.081, de 1966, pode exercer esse tipo de atividade e caberá a cada um efetuar procedimentos de acordo com os limites de competência ética, legal e científica.
“Como os cirurgiões-dentistas brasileiros têm livre arbítrio profissional, e como não há necessidade de registro de técnica, não temos dados estatísticos”, complementa Moreira.
profissionais não podem realizar procedimentos com objetivos exclusivamente estéticos.
“A normatização não veio liberar ou vedar o uso da toxina botulínica em odontologia. Apenas referendou o pensamento de que os procedimentos devem ser realizados dentro da área de atuação do cirurgião-dentista, evitando prejuízos para a sociedade”, explica Mário Tavares Moreira Júnior, conselheiro federal efetivo e membro titular da Comissão de Ensino do CFO.
Segundo ele, todo cirurgião-dentista legalmente habilitado, de acordo com a lei 5.081, de 1966, pode exercer esse tipo de atividade e caberá a cada um efetuar procedimentos de acordo com os limites de competência ética, legal e científica.
“Como os cirurgiões-dentistas brasileiros têm livre arbítrio profissional, e como não há necessidade de registro de técnica, não temos dados estatísticos”, complementa Moreira.
Pacientes têm mais qualidade de vida
Melhorar a qualidade de vida. Essa é a principal vantagem dos pacientes submetidos à ação da toxina botulínica atualmente em tratamentos odontológicos.
A servidora pública Inez Aparecida Murari, 52 anos, de São Paulo, por exemplo, sofre há mais de cinco anos de bruxismo, apertamento dental e artrose. Ela conta que, frequentemente, acordava com dores na altura dos ouvidos e sentia cansaço para comer alimentos rígidos.
Ela tentou usar a placa miorrelaxante para dormir, mas o problema só piorou. Há cerca de um mês, no entanto, optou pela aplicação da substância. “Já sinto diferença e consigo trabalhar melhor. Apesar de ter um custo alto, creio que a técnica vale a pena”, diz ela.
O estudante de engenharia mecatrônica Juan Ítalo de Sante, 24 anos, de Rio Preto, passa por situação semelhante. Há mais ou menos um ano, ele sente uma forte e constante tensão na região do maxilar.
No mês passado, recebeu uma aplicação de toxina botulínica na face. Como a ansiedade é uma das principais vilãs de Sante, o tratamento odontológico é feito paralelamente a sessões psicológicas. “Quando tocava sax ou comia alimentos duros, sentia muita dor. Hoje, consigo até mascar chicletes”, aponta.
Melhorar a qualidade de vida. Essa é a principal vantagem dos pacientes submetidos à ação da toxina botulínica atualmente em tratamentos odontológicos.
A servidora pública Inez Aparecida Murari, 52 anos, de São Paulo, por exemplo, sofre há mais de cinco anos de bruxismo, apertamento dental e artrose. Ela conta que, frequentemente, acordava com dores na altura dos ouvidos e sentia cansaço para comer alimentos rígidos.
Ela tentou usar a placa miorrelaxante para dormir, mas o problema só piorou. Há cerca de um mês, no entanto, optou pela aplicação da substância. “Já sinto diferença e consigo trabalhar melhor. Apesar de ter um custo alto, creio que a técnica vale a pena”, diz ela.
O estudante de engenharia mecatrônica Juan Ítalo de Sante, 24 anos, de Rio Preto, passa por situação semelhante. Há mais ou menos um ano, ele sente uma forte e constante tensão na região do maxilar.
No mês passado, recebeu uma aplicação de toxina botulínica na face. Como a ansiedade é uma das principais vilãs de Sante, o tratamento odontológico é feito paralelamente a sessões psicológicas. “Quando tocava sax ou comia alimentos duros, sentia muita dor. Hoje, consigo até mascar chicletes”, aponta.
Fonte: http://www.diarioweb.com.br
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